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Um italiano aos pés da montanha: conheça a história de Stefano Mascarello

Por Guilherme Kruklis


Natural de Torino, cidade da região de Piemonte, situada no noroeste da Itália, Stefano Mascarello, de 34 anos, é um apaixonado pelo montanhismo e pelo trekking. Esses esportes o ligam à natureza e à sensação de aventura, trazendo o perfeito equilíbrio entre a vida saudável e o mundo real.


O montanhismo sempre esteve presente em sua vida, conta Stefano relembrando suas fotos. Ainda pequeno, em sua terra natal, seus pais já passeavam com ele no colo pelas montanhas da região, enquanto era apenas um bebê. Fazendo jus ao nome da região, que significa "ao pé das montanhas", foi assim que Stefano cresceu.


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Stefano Mascarello. Arquivo pessoal

Entretanto, o salto entre gostar de fazer um simples passeio pela montanha para realmente encarar isso como um esporte e um desafio em sua vida, não se deu tão cedo. O trekking o conquistou em um tempo mais recente, entre oito e dez anos atrás, conta o professor de italiano sem muita precisão, típico de alguém que escolheu o esporte por afeto.


Para a sorte de Stefano, a província onde ele morava, Cuneo, é repleta de vales em que o montanhismo é praticado, o que permite explorar a montanha não apenas da maneira tradicional: da base ao cume, mas sim passando por diversas montanhas em um mesmo trajeto, prática considerada comum na Europa.


Stefano comenta que, por conta disso, poucas vezes ele chegou ao cume de uma montanha. Tão contraditório quanto o fato de escalar sem, necessariamente, a vontade de chegar a um topo, o italiano relata que as trilhas que faz ou são muito difíceis, ou se trata de trajetos fáceis demais.




Mascarello ainda relembra que sua experiência mais marcante com o montanhismo foi justamente em uma ocasião em que ele não chegou ao cume da montanha. O Monviso, a montanha mais alta dos Alpes Cócios, é destaque na cordilheira e digna de cartões postais. Stefano conta, nostalgicamente, que essa montanha pode ser vista de todos os cantos da sua cidade. Assim, ela o acompanhou por toda a vida e, após todos os momentos vividos, estar finalmente escalando foi uma sensação que o deixou muito emocionado, tal como um casal que se encontra após um longo tempo em um relacionamento à distância.


A adaptação ao Brasil


Após casar-se com a brasileira Gabriela, Stefano se mudou ao Brasil em 2020, mas conta que ainda não conseguiu explorar os morros do Paraná. Em tom de desabafo, o professor conta que suas principais dificuldades neste processo têm sido a falta de materiais para realizar a prática, já que ele mantém suas coisas em sua terra natal e precisaria adquiri-las novamente aqui. Além disso, ele relata que a falta de conhecimento que tem sobre as trilhas no estado é outro empecilho.


O italiano recém-chegado também sente falta de amigos para o acompanhar, tal como era em sua cidade natal. No país da bota, poucas pessoas do seu círculo não praticavam o trekking, enquanto no Brasil ele só conhece duas pessoas que gostam de tais atividades, ambas ex-alunas que passaram por suas turmas.


Ainda assim, Stefano afirma que está muito animado e curioso para explorar os morros do Paraná, tendo grande curiosidade para ver a diferença na vegetação entre as montanhas italianas e os morros brasileiros, e se declara ao esporte: "A beleza do trekking também está no fato que é um esporte que você pode fazer por todo o mundo".


Mascarello ainda comentou que sonha com seus dois amigos de montanhismo, Lucca e Andrea, de ainda enfrentar o Everest nos próximos 4 anos, e admite, em meio a risos, que ainda não estão preparados para isso, falando que planejam enfrentar algumas montanhas pela Europa neste processo de preparação e condicionamento para enfrentar as altas altitudes.


1 commentaire


Mariana Castilho
Mariana Castilho
21 oct. 2022

Adorei!

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