Paranaense promove mutirões de limpeza em trilhas e morros do estado

Por Laura Luzzi

A interação do ser humano com a natureza traz diversos benefícios para os indivíduos. Contudo, esta relação pode ser tóxica – literalmente – quando os trilheiros não têm a preocupação e o cuidado de manter o meio ambiente intacto e longe da poluição humana.

Imagem concedida por Robson Roque.

Levando em consideração seu gosto pelo montanhismo e sua preocupação com a limpeza dos morros paranaenses, Robson Roque, mais conhecido como Roque Aventuras, já promoveu alguns mutirões de recolhimento de lixos nestes locais. De acordo com o motoboy, que pratica o esporte aos fins de semana, os itens mais comumente encontrados são sacolas plásticas, papéis higiênicos usados, absorventes, solas de sapato e até roupas íntimas. Para ele, além de medidas educacionais sobre a importância do despejo correto do lixo, uma das possíveis soluções está nas mãos do Estado, que deveria controlar o número de pessoas que frequentam os parques e melhorar a fiscalização nestas áreas. “Para uma mudança imediata seria necessário o cumprimento da lei com aplicação de multas”, sugere Robson.

Imagem concedida por Robson Roque

No último mutirão realizado no Pico Paraná, mais de 70kg de lixo foram recolhidos. Segundo o mobilizador, a quantidade varia de morro para morro. Porém, apesar do trabalho do grupo, cerca de uma semana depois das ações de limpeza, os locais já estão poluídos novamente.

Além de Robson, a maioria dos praticantes de montanhismo afirmam que fazem sua parte. O estudante Pedro Bodenmuller, 23 anos, começou a subir os morros recentemente, porém já entendeu que assim como o montanhismo e a relação com a natureza pode ser algo prazeroso, traz consigo responsabilidades. “Eu sempre levo uma sacola para colocar as embalagens e as jogo no lixo após descer”, relata o novato.